Actualité de l’Anarcho-syndicalisme

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Manifesto anti-guerra imperialista

Por Pró-COB-ACAT/AIT

vendredi 4 avril 2003

Os americanos mentem descaradamente nas notícias da frente de guerra, nos seus bombardeios que não atingem civis, nas desculpas para a invasão. O fato é que se morre as centenas, de lado a lado ; nenhuma cidade importante foi tomada ; os invasores dominam 80 % do território iraquiano, mas até agora não acharam nenhuma arma de destruição em massa ; a invasão imperialista enfrenta uma resistência maior a cada dia, o rechaço popular mundialmente cresce e se radicaliza e a luz ainda não é vista no fim do túnel. O mito da democracia americana cai por terra com seu presidente eleito, por via indireta, com o apoio de menos de 25% do eleitorado, com sua guerra nazi-preventiva apoiada pela maioria silenciosa dos brancos puros e rascistas que acham que tem o direito de impor a sua “liberdade” a outros povos, sob ameaça de armas ­ inclusive nucleares...

E QUEM ELES QUEREM ENGANAR ?

O seu próprio povo, para não perder o apoio interno ; os muçulmanos, de quem esperam conseguir apoio ; aos povos do mundo, a quem quer impressionar com seu poderio e intimidar par que o exemplo desse genocídio seja suficiente para inibir resistências futuras, na recessão em que o mundo vai afundar para pagar os custos dessa invasão.

NO BRASIL A DIFERENÇA ENTRE O QUE SE FALA E O QUE SE FAZ

Ouvindo os noticiários dos meios de comunicação de massa ficamos sabendo que o governo petista, especialmente o presidente Luiz Ignácio, condena completamente a guerra dos Estados Unidos contra o Iraque. Para tanto tem o apoio unânime de todos os partidos políticos representados no parlamento e de amplos setores da burguesia nacional, inclusive confirmado em fóruns empresariais. Até parece que é por acaso que os índices econômicos, controlados pelos imperialistas ­ FMI, BM, BID, etc... ­ só estejam apontando resultados positivos para a economia brasileira, a ponto do FMI parabenizar o governo Lula e o ministro Palloci festeja o saldo comercial de fevereiro.

Na verdade é o apoio brasileiro ao esforço de guerra anglo-americano que se encontra no fundo dessa contradição : o Brasil fornece às tropas invasoras botas especiais para os combates no deserto, e uniformes para as tropas de combate de elite ; o religioso pagamento dos juros mensais da dívida externa é um fator de estabilidade mundial pró-império ; por orientação do Itamarati se toma cuidado nas críticas formais à guerra para não criar obstáculos para as negociações sobre a implantação da ALCA, dentro dos prazos previstos ; a entrega da “Base de Alcântara” para a Força Aérea Norte- Americana prossegue sem questionamentos ; o governo liberou a comercialização de soja transgênica, em sua primeira safra cultivada no país ; os meios de comunicação de massa, posando de pacifistas, faz propaganda pró-imperialista ao não assumir as críticas mais radicai(chamam o evento de guerra quando o que há é uma invasão e um genocídio ; chamam a resistência popular muçulmana de organização para-militar ou terrorista ; dão as informações de fonte americana como fatos e as de outras fontes como informação não confirmada ou mesmo como contra-informação, buscando justificar as contradições nos informes da mídia americana, a quem não esclarecem que está sob censura militar ­ fato comprovado pela RTP no início dos bombardeios a Bagdá).

O FATO É QUE...

Saddam Hussein não é flor que se cheire, seu partido político, o socialista “BAATH”, está no poder há mais de 25 anos, tendo promovido guerra contra os xiitas e os curdos, contra quem usou as armas que lhes eram vendidas pelos EUA e pela URSS, e que agora os americanos lhes acusam de ter. O governo de Saddam, com sua burocracia e militarismo, só fez aprofundar a miséria de seu próprio povo acobertado pelo discurso místico e religioso.

O povo que luta hoje contra os invasores o faz por suas vidas, suas famílias e filhos, o governo de Saddam busca capitalizar esse sentimento. Da mesma forma George Bosta faz, jogando com o nacionalismo e o patriotismo norte-americano, de quem extrai agora mais apoio do que jamais teve. Vemos então em todo o mundo um aprofundamento da questão nacionalista, com todos os riscos decorrentes da disputa de mercados dentro de um quadro recessivo mundial. O que nos coloca de frente com o risco de uma deflagração mundial, independente do resultado final da invasão do Iraque. No final de março a Síria e o Irã já foram diretamente ameaçadas de ataque por parte do ministro da defesa yanque Runsfield.

Os governos que se tem manifestado contra o ataque norte-americano (França, Alemanha e Rússia) o fazem principalmente por seus interesses econômicos, diretamente afetados com a possibilidade de domínio norte-americano na região. De certa maneira a invasão americana é um golpe contra a Comunidade Européia e o Euro, visando manter a hegemonia do Dólar, fazendo parte do que se convencionou chamar de “doutrina Bush”, que prevê o domínio norte-americano de todo o planeta. De toda forma nenhum governo, exceto o do próprio Iraque, os de países árabes, assume a incumbência de exigir o IMEDIATO FIM DOS ATAQUES E A RETIRADA DAS TROPAS INVASORAS.

@ A SOCIEDADE, OS TRABALHADORES E @ O MOVIMENTO MUNDIAL CONTRA A GUERRA IMPERIALISTA

As manifestações de massa em todo o mundo contrárias a guerra não tem sido capazes de parar a agressão imperialista, ainda que tenham conseguido retardar o início do confronto e o isolamento dos agressores. As pressões sobre os governos nacionais tem conseguido fechar espaços aéreos para ataques ao Iraque e manter governos que apóiam os EUA na defensiva, como acontece com Berlusconi e Aznar ­ na Itália e Espanha, respectivamente. Mas permanecendo dentro dos limites de um pacifismo básico tornam-se armas nas mãos dos políticos profissionais, a ponto de se ter no escroque Jacques Chirac o glande herói e porta-voz do movimento pacifista. Da mesma forma, no mundo árabe, a canalha militarista liderada pela dinastia dos Hussein se transforma em símbolo da resistência islâmica. De uma forma ou de outra, de um lado e de outro, o povo trabalhador e sofrido é utilizado como bucha-de- canhão para defender os interesses das elites no poder, que serão as únicas a lucrar com tudo isso. E o genocídio do povo iraquiano não é contabilizado como perda nas cifras de guerra.

Tudo isso só vem reforçar o fato de que estamos passando do momento dos protestos para o momento de ações mais efetivas ! Bloqueios nas indústrias que participam do esforço bélico, buscando interromper o fornecimento de combustíveis, armamentos e munições ; o estímulo à deserção por parte de convocados e soldados regulares das tropas invasoras ; o boicote ativo contra os produtos e empresas dos países envolvidos, ou que apóiem o esforço de guerra ; etc... Mas principalmente temos que recuperar a iniciativa no terreno da luta de classes enquanto trabalhadores, produtores de toda a riqueza social e lançar aos quatro cantos o nosso grito de PAZ ENTRE NÓS, GUERRA AOS SENHORES !

Nesse ponto temos o exemplo vigoroso dos trabalhadores italianos e espanhóis que, estimulados pelas Seções da AIT em seus países (a USI-AIT e a CNT- AIT), realizaram e prometem repetir Greves Gerais de Trabalhadores Contra a Guerra Imperialista e em Defesa da Conquistas Históricas da Classe Trabalhadora ­ que vem sendo igualmente atacadas em todo o mundo pela globalização capitalista, versão atualizada do velho imperialismo ­ do qual o Iraque é sua nova vítima.

Assim nós, trabalhadores unidos no Movimento Pela Reconstrução da Confederação Operária Brasileira (COB), aderida a Associação Internacional dos Trabalhadores (AIT), não fugimos a nossa responsabilidade histórica, que cremos ser de todos os cidadãos, todos os trabalhadores, todos os seres humanos ­ independentemente de vinculação política ou religiosa. Para isso lançamos a todos a discussão em torno da proposta de realização de uma GREVE GERAL MUNDIAL, ativa e revolucionária pelo fim imediato da agressão imperialista, com um caráter claramente anti- capitalista.

Para isso propomos o seguinte cronograma de atividades :

-  que as manifestações de “1º de MAIO” assumam o caráter de ASSEMBLÉIAS GERAIS DE TRABALHADORES, com caráter indicativo para todos os trabalhadores do mundo e para a discussão nos locais de trabalho e moradia, para a proposta de realização de uma GREVE GERAL MUNDIAL para uma data acordada mundialmente na primeira quinzena de maio ;

-  que essa greve tenha um caráter de defesa das conquistas do movimento dos trabalhadores, especialmente quanto a seguridade social, bem como ampliação desses direitos, com ;

1) AUMENTO SALARIAL EMERGENCIAL de 54%, visando recuperar as perdas salariais de 2.002, baseadas na variação do dólar no período ;

2) IMEDIATO ESTABELECIMENTO DO SALÁRIO MÍNIMO REAL, calculado pelo DIEESE, para um patamar de U$ 400,00 (cerca de R$ 1.400,00) ;

3) REDUÇÃO DA JORNADA DE TRABALHO PARA 30 HORAS SEMANAIS, sem redução salarial, como forma de combate ao desemprego e instrumento de divisão de renda ;

4) PELA LIBERDADE DE ORGANIZAÇÃO SINDICAL e contra a ingerência do Estado na organização dos trabalhadores.

CONTRA A GUERRA IMPERIAL, GREVE GERAL E LUTA SOCIAL !

Movimento Pela Reorganização da COB-ACAT/AIT ­ Seção da A.I.T. no Brasil :

SINDIVÁRIOS-POA/RGS @ FORGS/COB-ACAT/AIT @PROFOSP/COB- ACAT/AIT @ Amigos da PROFOSP/Oeste SP @ Amigos da COB/AIT de Cuiabá/MGS @ Amigos da COB/AIT de Sergipe

APOIO : O COLETIVO LIBERTÁRIO/SP @ ATRITO ZINE/MGS @ ALAI-DISTRO @ Pró- Federação Anarkista/RGS


CNT-AIT



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