quarta-feira
21 de Dezembro de 2005
Os patrões das fábricas, das obras ou das explorações agrícolas aproveitam-se bem da situação de desemprego em França: empregam trabalhadores clandestinos em vez de fazerem contratos de trabalho. Para os patrões, é só lucro: podem, dessa forma, pagar o que quiserem aos trabalhadores sem desembolsarem encargos sociais para a colectividade. Eles desprezam os seus empregados privando-os dos seus direitos sociais – em suma, tratam-nos como escravos. Os trabalhadores sentem-se, frequentemente, encurralados e enganados, e não se atrevem a denunciar o patrão. É um exemplo da luta de classes aqui, a luta dos ricos contra os pobres.
O Estado francês é também cúmplice desta situação, pois a sua única resposta é a repressão contra os trabalhadores através da multiplicação dos controles de rua. As prefeituras recusam sistematicamente a quem pede asilo o direito a trabalhar, encorajando assim o trabalho clandestino e a sua precaridade. Os trabalhadores sem-papéis são forçados à clandestinidade e a viver no temor duma expulsão, enquanto os seus patrões vivem na mais completa impunidade. Pelo nosso lado, não deixemos que nos tramem, coloquemos também os patrões em situação difícil, organizemo-nos para que eles cessem de se enriquecerem à nossa custa.
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